O
texto “Formas de Organização do Trabalho de Alfabetização e Letramento”, é de
autoria de Isabel Cristina Alves da Silva Frade, Professora da Faculdade de
Educação da UFMG e pesquisadora de CEALE. A autora apresenta como desenvolver um
planejamento de trabalho de alfabetização e letramento com crianças de seis
anos. Fala que o professor precisa saber onde cada criança se encontra e quais
são os conteúdos de seu interesse. Coloca, ainda, que o trabalho de leitura e
escrita deve estar em sintonia com o que é próprio da idade da criança e o que
ela traz consigo em suas experiências do mundo e da realidade familiar.
O
professor deverá lidar com dois desafios: aproveitar as experiências que as
crianças já têm com a cultura escrita, as necessidades de ler e escrever de
cada turma e, também, saber que pode se organizar como professor, estabelecendo
um conjunto de procedimentos que pode ser adaptado a cada contexto.
Existe
uma preocupação por parte dos educadores em inventar formas criativas e
significativas para os alunos, onde os conteúdos possam ser trabalhados de
maneira atraente, que os alunos estejam motivados a realizar, com entusiasmo,
as atividades. A autora sugere algumas propostas de atividades, como, por
exemplo, conversa espontânea, roda de casos ou de tomada de decisões coletivas
sobre a organização de trabalho, entre outras. Ela ainda fala que outra
estratégia é a discussão sobre programas vistos na TV, livros lidos,
brincadeiras, viagens, cultura e hábitos das famílias e acontecimentos que
mobilizam a cidade, o país e o mundo.
Penso
que, como sociedade, temos urgência em educá-los de forma que sintam a
necessidade de buscar e aprofundar seus conhecimentos, fazendo parte desse
desenvolvimento, tendo uma maior compreensão dos avanços no processo
educacional. O educador precisa valorizar a reflexão do educando, motivando-o e
incentivando-o a ir além, apresentando propostas criativas e inovadoras. Assim,
é fundamental aproveitar todos os momentos possíveis para que as crianças
tenham contato com textos e os utilizem.
A
autora sugere algo que não é explorado, como as correspondências com os
familiares, os avisos para os alunos, a comunicação entre turmas, os murais, as
pesquisas e seus registros, os cartazes relacionados à vida escolar, como os eventos e campanhas, são
potencialmente educativos. Daí em diante, há uma sequência de propostas de
atividades, de livros e outros recursos a respeito da leitura e da escrita,
envolvendo a turma. O professor tem várias opções que ajudarão no
desenvolvimento do aluno, e o papel fundamental do professor é o direcionamento
das atividades de planejamento e sistematização e a observância daquilo que se
quer como resultado específico da alfabetização.
Acredito
que o educador precisa proporcionar meios para que o educando crie uma consciência crítica e possa
dar passos firmes. Para acontecer um desenvolvimento no educando, ele necessita
aprender os elementos básicos do saber letrado, as primeiras letras, a escrita,
as primeiras noções da matemática. Assim, a sociedade estará abrindo as portas
para suas exigências educacionais futuras, através dessa formação que constitui
uma habilidade lúdica. O educador deve apresentar recursos e despertar
curiosidade para que os alunos sonhem com várias possibilidades e que mostre
que o ser humano está em processo de construção.
Planejar e organizar espaço e tempo da sala de aula é tarefa docente.
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