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quinta-feira, 6 de setembro de 2012

ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO




Há várias maneiras que as crianças usam e convivem dentro do seu mundo letrado, que é capaz de fazer uso da leitura e escrita. Elas têm capacidade de estar portando indicadores de letramento, pois as crianças conseguem fazer uso da escrita em sua vida diária, através da sua espontaneidade, junto aos pais, colegas, professores, em ambiente de convivência, entre outros.
Elas colocam, no papel, a escrita do seu entendimento a partir das histórias contadas. Conseguem dar sentido ao que estão aprendendo, sendo construtores da aprendizagem. Assim, alfabetizam-se, sendo, ao mesmo tempo, letradas. Isso acontece no cotidiano das crianças porque elas são sujeitos ativos de aprendizagem, vão evoluindo naturalmente.

Proposta de atividade

·  Criar um espaço com variedade de livros, onde a professora irá  ler  um documentário, uma reportagem,  uma história, etc.. Questionar os alunos sobre o que eles acharam com referência aos textos.
· Cada criança vai escolher um livro e ler para a turma e, a partir daí, vão escrever o que entenderam.
· Criar um jornal e uma revista com textos da própria escola e dos locais de trabalho familiares.
·  Fazer uma saída a campo, quando os alunos poderão tentar ler o que está escrito em placas, cartazes, nome das escolas em fachadas. O professor poderá pedir aos alunos que observem alguma coisa escrita e, depois, questioná-los sobre o que lhes chamou atenção na escrita, fazendo com que eles imaginem o sentido das palavras encontradas na rua.

FORMAS DE ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO



O texto “Formas de Organização do Trabalho de Alfabetização e Letramento”, é de autoria de Isabel Cristina Alves da Silva Frade, Professora da Faculdade de Educação da UFMG e pesquisadora de CEALE.  A autora apresenta como desenvolver um planejamento de trabalho de alfabetização e letramento com crianças de seis anos. Fala que o professor precisa saber onde cada criança se encontra e quais são os conteúdos de seu interesse. Coloca, ainda, que o trabalho de leitura e escrita deve estar em sintonia com o que é próprio da idade da criança e o que ela traz consigo em suas experiências do mundo e da realidade familiar.
O professor deverá lidar com dois desafios: aproveitar as experiências que as crianças já têm com a cultura escrita, as necessidades de ler e escrever de cada turma e, também, saber que pode se organizar como professor, estabelecendo um conjunto de procedimentos que pode ser adaptado a cada contexto.
Existe uma preocupação por parte dos educadores em inventar formas criativas e significativas para os alunos, onde os conteúdos possam ser trabalhados de maneira atraente, que os alunos estejam motivados a realizar, com entusiasmo, as atividades. A autora sugere algumas propostas de atividades, como, por exemplo, conversa espontânea, roda de casos ou de tomada de decisões coletivas sobre a organização de trabalho, entre outras. Ela ainda fala que outra estratégia é a discussão sobre programas vistos na TV, livros lidos, brincadeiras, viagens, cultura e hábitos das famílias e acontecimentos que mobilizam a cidade, o país e o mundo.
Penso que, como sociedade, temos urgência em educá-los de forma que sintam a necessidade de buscar e aprofundar seus conhecimentos, fazendo parte desse desenvolvimento, tendo uma maior compreensão dos avanços no processo educacional. O educador precisa valorizar a reflexão do educando, motivando-o e incentivando-o a ir além, apresentando propostas criativas e inovadoras. Assim, é fundamental aproveitar todos os momentos possíveis para que as crianças tenham contato com textos e os utilizem.
A autora sugere algo que não é explorado, como as correspondências com os familiares, os avisos para os alunos, a comunicação entre turmas, os murais, as pesquisas e seus registros, os cartazes relacionados à vida escolar,  como os eventos e campanhas, são potencialmente educativos. Daí em diante, há uma sequência de propostas de atividades, de livros e outros recursos a respeito da leitura e da escrita, envolvendo a turma. O professor tem várias opções que ajudarão no desenvolvimento do aluno, e o papel fundamental do professor é o direcionamento das atividades de planejamento e sistematização e a observância daquilo que se quer como resultado específico da alfabetização.

Acredito que o educador precisa proporcionar meios para que o  educando crie uma consciência crítica e possa dar passos firmes. Para acontecer um desenvolvimento no educando, ele necessita aprender os elementos básicos do saber letrado, as primeiras letras, a escrita, as primeiras noções da matemática. Assim, a sociedade estará abrindo as portas para suas exigências educacionais futuras, através dessa formação que constitui uma habilidade lúdica. O educador deve apresentar recursos e despertar curiosidade para que os alunos sonhem com várias possibilidades e que mostre que o ser humano está em processo de construção.